Obstrução nasal
A obstrução nasal, ou “nariz trancado”, acontece quando a mucosa nasal fica inchada, acumulando secreção e dificultando o fluxo do ar pelas vias aéreas superiores provocando desconforto na respiração.
Pode ser provocada por processos alérgicos, infecciosos virais e bacterianos, como uma gripe ou um resfriado. Mas também pode ter causas como infecção dos seios paranasais (sinusite) e distúrbios estruturais, como desvio do septo, adenoide (carne esponjosa), presença de pólipos ou ainda tumores.
No caso agudo, como na sinusite, por exemplo, pode haver secreção com pus e muco. Às vezes, acompanhada de dor facial, dor de cabeça, vermelhidão ou sensibilidade nas bochechas ou acima das sobrancelhas. Neste caso, em geral, apenas o exame clínico é suficiente. No entanto, o raio-X ou a tomografia computadorizada podem ser recomendados para o diagnóstico da patologia de rinossinusite.
A obstrução nasal também pode ser rinite alérgica, com sintomas de espirro, coriza, olhos lacrimejando e coceira.
Para além do desconforto, a obstrução nasal pode ocasionar uma má qualidade no sono, cansaço ao acordar e perda de vontade a atividades físicas, além de dificuldade de concentração e memória em razão da respiração pela boca.
Diante da apresentação de obstrução nasal persistente ou com frequência, um otorrinolaringologista deve ser procurado para investigação e prescrição do tratamento preciso para cada caso.
Uso contínuo de descongestionantes nasais
Pessoas que usam descongestionantes nasais tópicos (uso no local) por mais de 3 dias, frequentemente, sentem congestão de rebote quando os efeitos do fármaco desaparecem. Quando o uso é contínuo, forma-se um círculo vicioso de congestão persistente, causando piora do quadro clínico. Essa situação é chamada de rinite medicamentosa, quando o quadro de obstrução nasal piora como consequência do uso do descongestionante nasal. Apesar de uma desobstrução imediata, ele possui um efeito danoso ao coração, podendo, a médio e longo prazo, provocar arritmias e pressão alta, entre outras patologias.
Nas crianças, os descongestionantes devem ser utilizados com muito critério, pois as substâncias do medicamento, muitas vezes, podem provocar depressão do sistema cardiorrespiratório.